Este é um livro totalmente dispensável, que deve ter sido publicado simplesmente para que o autor ou sua editora pudessem escrever em algum lugar que foram os primeiros a compilarem os tweets de um twitter na forma de livro. Que paternidade besta. Transpor de um suporte a outro algo forte ou fundamental ainda teria lá seu valor, mas os aforismos frouxos e os registros de estados de humor irrelevantes que encontramos neste pequeno livro não o sustentam. Tudo é sonolento à exaustão. Li os tweets do final para o início do livro, acompanhando cronologicamente como ele tateia e brinca com o que talvez pudesse se pensar como um gênero, mas não é (não vai dar tempo para que algo assim se torne um gênero literário). São poucas semanas de registro. Ele escreve de um 21 de julho a um 06 de setembro, se preocupando com o amor, com a amizade, com o cotidiano. Reiteradamente uma lagartixa é mencionada. Talvez o anonimato da internet (onde uma página fica escondida em um mar de outras) não sirva tão plenamente aos propósitos de auto análise que o autor parece buscar (e que talvez só se encontre quando se tem um livro impresso para mostrar aos amigos). Mas suas postagens apenas edulcoram algo onde não há vida, nem ficção que emule algo vivo. É razoável que um autor não se leve a sério mas leve a sério o que assina (boa parte dos grandes escritores alcançam este efeito). Mas aqui encontramos exatamente o oposto, os sinais trocados. O que falta mesmo a este livro é um mínimo de humor. Paciência. [início - fim 06/07/2010]
"www.twitter.com/carpinejar", Fabrício Carpinejar, editora Bertrand Brasil, 1a. edição (2009), brochura 14x21 cm, 84 págs. ISBN: 978-85-286-1408-4
Curto e grosso.
ResponderExcluirUm livro que aproveita a popularidade do autor e, assim, ganham todos: editor, autor e livreiros. Grana meu caro. É isso que importa.