A história de como uma carta de James Joyce para seu neto Giorgio metamorfoseou-se em livro já contei aqui, quando fiz o registro de leitura da versão original publicada no ano passado pela Ithys Press. Pois acontece que desde o início do ano passado a obra de Joyce está em domínio público e desde então um número grande de novas traduções e edições de sua obra têm sido publicadas, adaptadas e/ou encenadas. Foi o caso desta carta, escrita em 1936 e depositada há anos na Zürich James Joyce Foundation. Claro, há um detalhe antiético na forma como os originais foram apropriados pelos editores irlandeses, mas isto você, caro leitor curioso, pode descobrir no post original. Trata-se de uma história muito curta, mas divertida, onde Joyce descreve alguns aspectos da vida em Copenhagen. Nada transcendental, mas os entusiastas das cousas de Joyce não se cansam de colecionar mimos como este. Dirce Waltrick do Amarante, conhecida especialista em Joyce, professora da UFSC, assina esta primeira tradução para o português, editada pela Iluminuras. As ilustrações são assinadas por Michaella Pivetti, uma designer italiana radicada no Brasil. O humor de Joyce está ali no texto, mas como todo livro cujo público alvo é o infantil, depende muito de como um adulto leitor irá contar a história, como irá conduzir as reflexões que Joyce compartilha com seu neto. Eu, ai de mim, que havia prometido enviar o original em inglês para minhas sobrinhas Clara e Victória há tempos, lá nas férias de verão, ainda não o fiz. Paciência, agora tenho este outro belo volume para enviar também. Logo veremos se não vou me esquecer novamente. E viva Joyce! Evoé!
[início - fim: 16/06/2013]
"Os gatos de Copenhague", James Joyce, tradução de Dirce Waltrick do Amarante, ilustrações de Michaella Pivetti, São Paulo: editora Iluminuras (selo Livros da Ilha), 1a. edição (2013), brochura 21,5x23 cm., 24 págs., ISBN: 978-85-7321-411-6 [edição original: Dublin: Ithys Press, 2012]
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