domingo, 29 de junho de 2014

dicionário amoroso do recife

"Dicionário amoroso do Recife" é o segundo volume desta simpática coleção. Os demais dicionários já publicados são dedicados a Porto Alegre de Altair Martins, a Curitiba de Marcio Renato dos Santos (ambos já resenhados por mim) e a Salvador de João Filho, que em breve incluirei nesse blog. Mas ao contrário de Porto Alegre e de Curitiba, cidades que conheço relativamente bem, nunca estive no Recife e pouco li sobre sua história ou seus habitantes. Sendo assim a experiência de ler esse dicionário foi um tanto mais intelectual e didática, um tanto mais distante e fria que as anteriores. De qualquer forma aprendi um bocado e fiquei com ganas de um dia vagar pela cidade como todo bom flâneur deve fazer. Urariano Mota, respeitado jornalista e escritor recifense, sabe conduzir o leitor por sua cidade e partilhar algo de seu encantamento por ela. Urariano é um tanto menos moço que seus colegas Altair Martins e Márcio Renato. Seus verbetes acusam terem sido decantados por mais tempo e mais experiência. Ao mesmo tempo que é informal e caloroso ao se dirigir ao leitor ele acrescenta com segurança pelo texto citações eruditas, coisas cifradas e não explícitas, de um frescor surpreendente. Frasista dos bons, sabe falar do passado sem ser piegas e reverenciar os sujeitos - famosos além das fronteiras de sua cidade ou não, pouco importa - que se identificam com a história de lá. Seus perfis, seja de pessoas ou lugares, são vibrantes, vívidos. Mas são as digressões, os diálogos e associações acrescentadas ao que há de factual nas histórias que tornam seu texto realmente forte. Trata-se mesmo de um bom cronista, que mescla o registro popular das historias que ouve pela cidade com o que há de mais refinado da literatura associada a ela. Os poetas e músicos merecem carinho especial dele. Muitas poesias e canções, principalmente marchas de Carnaval, estão transcritas no texto, povoando seu livro com outras vozes, memórias e sensações. Dois terços de seus 49 verbetes são dedicados a pessoas e não a geografia ou a história. O leitor acaba se interessando pelo ambiente, pelo povo, pelas coisas que já brotaram dali (e que talvez mal sabíamos, pobre de nós). A exemplo dos demais volumes dessa coleção, o livro inclui ilustrações, nesse caso assinadas por Leonardo Filho, um respeitado artista plástico paraibano radicado em Pernambuco. É certo, se um dia ao dobrar alguma esquina de meu coração e finalmente decidir-me em conhecer o Nordeste, será pelo Recife que começarei minha jornada. Veremos. 
[início: 04/06/2014 - fim: 23/06/2014]
"Dicionário amoroso do Recife", Urariano Mota, Anajé/Bahia: Editora Casarão do Verbo, 1a. edição (2014), brochura 15x23 cm., 338 págs., ISBN: 978-85-61878-34-4

sábado, 21 de junho de 2014

lo que hemos comido

O livro começa com um contraste, entre Aristóteles e Montaigne: o primeiro escreveu que "o homem é um animal racional", esse último que "o homem é um animal que cozinha". Josep Pla sintetiza as proposições e afirma: "Montaigne hace una definición, que el hombre es el animal que guisa, a mi juicio, más razonada que la de Aristóteles cuando dijo que el hombre es un aminal racional. Si lo es, la razón le ha servido para bien poca cosa, hablando ahora en términos absolutos, mientras a guisar lo debemos todo". A aventura de ler "Lo que hemos comido" só reserva alegrias. Ao terminar de lê-lo só resta ao leitor um movimento: embarcar para a Catalunya, procurar uma das verdadeiras catedrais de lá (seus maravilhosos mercados públicos, como o Mercat de La Boqueria) e aí sim começar uma outra viagem, a gastronômica, para alegrar corpo e alma, sem pressa e sem pudor, sem medo e sem temor, sem fim e sem volta possível. Publicado originalmente no início dos anos 1970, esse livro apresenta as reflexões de Josep Pla sobre cada um dos aspectos da gastronomia catalã. Josep Pla é ainda hoje, mais de trinta anos após sua morte, reconhecido como um dos autores mais importantes da literatura catalã do século XX e um dos principais divulgadores da língua, costumes e tradições de sua terra ("Els països catalans", como ele gosta de grafar). Dele já li "Cartas de Italia", uma pequena maravilha. Mas o que encontramos nesse "Lo que hemos comido"? São 56 capítulos densos, que discutem as entradas e as carnes; os acompanhamentos e as verduras; os peixes e demais frutos do mar; os molhos, os ovos e as favas; as sobremesas e os vinhos; os costumes e curiosidades de sua região. Não se trata de um livro de receitas culinárias, longe disso, mas sim ensaios sobre o desenvolvimento de cada prato inequivocadamente catalão ou que foi absorvido pela culinária catalã. As opiniões são fortes. As curiosidades e informações se sobrepõem sem fim. O que mais me surpreende nesse livro é a isenção jornalística e/ou intelectual de Josep Pla. Ele nunca é ufanista, nunca desqualifica as demais culturas e hábitos gastronômicos. Na verdade ele até é muitas vezes irônico e cruel com os catalães, como por exemplo quando afirma tratar-se de um povo "formado por personas que nunca están dispuestas a mirar, ni a observar, ni a recordar; un lugar habitado por tímidos mudos, charlatanes hiperbólicos y amantes de la improvisación". Pla é um frasista muito espirituoso e elegante, que sabe apresentar ao leitor seus pontos de vista, estimulá-lo a refletir sobre eles, não em simplesmente aceitá-los como verdades perenas. Claro, muitas técnicas de conservação e preparo, a globalização e intercâmbios culturais, além dos avanços na logística de transporte atualmente disponíveis afetam parte das proposições de Pla, mas o quê há de fundamental em seu livro, conceitualmente falando, continua válido: o respeito pelos bons ingredientes e produtos; pela experimentação e pela técnica; pela tradição reinventada pela inovação. Manuel Vázquez Montalbán, que assina a apresentação do livro afirma que Josep Pla é uma espécie de profeta das qualidades da dieta mediterrânea. Aliás, acredito que nem o grande personagem de Montalbán, o detetive Pepe Carvalho, nem seus parceiros de investigação e de combates gastronômicos, Biscuter e Enric Fuster, jamais existiriam sem as reflexões de Pla incluídas em "Lo que hemos comido". Seguro, é tempo de voltar a viajar e visitar a Catalunha, é tempo de voltar a ler Montalbán, claro que sim.
[início: 17/05/2014 - fim: 06/06/2014]
"Lo que hemos comido: El verdadero profeta de la dieta mediterránea", Josep Pla i Casadevall, tradução de P. Gómez Carrizo, prólogo de Manuel Vazquez Montalbán, Barcelona: Ediciones Destino (Contemporánea Narrativa, colección Austral, 817) / Grupo Planeta), 1a. edição (2013), brochura 13x19 cm., 350 págs., ISBN: 978-84-233-4716-2 [edição original: El que hem menjat - l'obra completa de Josep Pla, vol.22 (Barcelona: Josep Vergés i Matas / ediciones Destino) 1972]

sexta-feira, 20 de junho de 2014

corpos sem pressa

Como bem nos ensina Laís Chaffe nas orelhas deste livro: "... a boa literatura, não importa o tamanho, não nasce da correria". Pois 67 minicontos de Leonardo Brasiliense, que começaram a ser gestados há mais de uma década, chegaram a ser quase renegados, encontraram agora o registro físico em livro, num belo volume editado pela Casa Verde e não por acaso chamado (desde 2008 pelo menos) de "Corpos sem pressa". Leonardo fixa com palavras imagens, recortes do cotidiano, epifanias, idéias que espocam e brotam do branco das páginas. Os títulos são parte importante das curtas histórias, complementando, justificando, invertendo ou negando o que é dito no texto. As histórias são leves, corriqueiras, não há nada de grotesco ou fantástico nelas. Em algumas há uma preocupação filosófica com as coisas da vida, noutras é antes o olhar bem humorado sobre o acaso ou desenho dos acontecimentos da vida. Contrariando a proposta do livro li quase tudo num fôlego só pela primeira vez, mas retornei a ele com calma nas últimas semanas para conferir a imanência de algo seminal nos minicontos. E essa força ainda estava lá. Belo livro.
[início: 30/05/2014 - fim: 18/06/2014]
"Corpos sem pressa", Leonardo Brasiliense, Porto Alegre: Editora Casa Verde (série Lilliput, volume 9), 1a. edição (2014), brochura 12x18 cm., 86 págs., ISBN: 978-85-99063-25-5.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

si yo amaneciera otra vez


"If there be grief, then let it be but rain, / And this but silver grieg for grieving's sake, / If these green woods be dreaming here to wake / Within my heart, if I should rouse again. //  But I shall sleep, for where is any death / While in these blue hills slumbrous overhead / I'm rooted like a tree? Though I be dead, / This earth that holds me fast will find me breath." Para mim Javier Marías é uma espécie de rei Midas, um Midas literário. Não há texto dele que deixe de me arrebatar de alguma forma; tudo que brota de seu talento leva o leitor por caminhos mágicos e seminais. Encontramos em "Si yo amaneciera otra vez" doze poemas de William Faulkner, publicados originalmente em 1933. Javier Marías os traduziu em 1979. Em 1997, no centenário de nascimento de Nobokov, os poemas foram revistos e reeditados numa bela edição da Alfaguara (edição que faz par com uma outra, dedicada aos poemas de Vladimir Nabokov, que já resenhei aqui). Além dos poemas encontramos no livro três ensaios curtos assinados por Marías [um inédito: "Lo que no escribió Faulkner (Presentación o arenga)" e dois já publicados em livro: "William Faulkner a caballo" (em "Vidas escritas")" e "Faulkner habla" (em "Vida del fantasma")]. Esses ensaios são tão reverentes como aqueles dedicados por Marías a Vladimir Nabokov. Mas há neles uma ironia contida, como se Marías desdenhasse antecipadamente da curiosidade dos leitores pela vida de Faulkner (no lugar de se interessar apenas por seus livros). Aprendemos que Faulkner começou como poeta mas percebeu que não atingiria a excelência que ambicionava e passou logo a experimentar textos em prosa (apesar de sempre identificar mesmo seus romances mais longos como poesia em prosa). O livro inclui também um registro de viagem assinado por Manuel Rodríguez Rivero ("Notas de Viaje por Faulkner, Mississippi") onde é descrito um percurso pelo sul dos Estados Unidos, misto de homenagem literária e busca de vestígios do curioso mundo inventado por Faulkner em seus livros. Gostei do texto de Rivero, um romancista espanhol contemporâneo de Marías, de quem nunca havia lido nada. Mas "Si yo amaneciera otra vez" é um volume de homenagem a Faulkner através de seus poemas, de sua iniciação literária. Os poemas falam da noite e da lua; da mulher e da morte; das transformações que experimentamosao longo da vida; do homem que se assusta e sucumbe frente a natureza; das viagens; de mitologia e religião. A exemplo de seus romances, nestes poemas encontramos um bom leitor da Bíblia. A edição, bilíngüe, permite que o leitor teste as soluções propostas por Javier Marías (e que tente encontrar nos originais o ritmo e as modulações de entonação). Gostei. Talvez fosse o caso de reler os romances poderosos de Faulkner, aqueles que li ainda menino, neófito das sutilezas, alegrias e aborrecimentos da vida. Quem sabe?
[início: 06/06/2014 - fim: 10/06/2014]
"Si yo amaneciera otra vez (William Faulkner: Un entusiasmo)", William Faulkner, tradução de Javier Marías, ensaios de Javier Marías e Manuel Rodríguez Rivero, Madrid: Alfaguara (Grupo Santillana de Ediciones), 1a. edição (1997), capa-dura 19x27,5 cm., 85 págs., ISBN: 978-84-204-7957-8 [edição original: William Faulkner, A Green Bough (New York: Harrison Smith and Robert Haas) 1933, edição original da tradução: revista Poesía, n0. 5-6, inverno de 1979 (Madrid, Espanha)]

quarta-feira, 18 de junho de 2014

história policial

No Brasil é fácil. Você sabe que o sujeito é um farsante quando ele hoje, 2014, com menos de sessenta anos, diz orgulhoso que lutou contra a ditadura militar. Não é esse o caso do húngaro de ascendência judaica Imre Kertész, nascido em 1929, sobrevivente do nazismo e do holocausto e que viveu anos sob o regime stalinista implantado em seu país. Kertész usa a literatura para refletir sobre suas experiências em regimes totalitários e ganhou o prêmio Nobel em 2002. Em "História policial", publicada originalmente em 1977, Kertécz conta uma história realista, nunca é piegas ou tolo. Trata-se de uma maravilha. Concisa e surpreendente essa pequena narrativa explica muito bem como operam os diferentes atores de um regime totalitário (sejam eles os ditadores visíveis e o aparato policial de repressão propriamente dito ou aqueles: anônimos, escravos mentais, indiferentes, covardes ou simplesmente inocentes que experimentam a opressão, a morte e o exílio gerado em tais governos). O narrador, um agente do regime que se encontra preso, esperando sua sentença, descreve seus anos de iniciação nos serviços de repressão. Esse narrador conta a história de um jovem universitário que quer participar da luta contra o regime ditatorial em que vive e como seu pai, um empresário bem sucedido, também acaba se envolvendo nos planos do filho. O leitor acompanha fragmentos da memória do agente repressor e trechos dos textos do diário do rapaz, num contido suspense, inventivo demais para que eu me atreva a detalhá-lo aqui. As tiranias (sejam elas de direita ou esquerda, longas ou curtas, nascidas democraticamente, pelo voto, aparentemente bem intencionadas ou explicitamente cínicas desde uma origem revolucionária) desumanizam e escravizam igualmente qualquer um. Pouco importa se a tortura é de direita ou de esquerda, ela acaba por matar o cidadão do mesmo jeito (muito embora há quem acredite serem seus verdugos necessários ou que a censura e o controle do estado sobre os cidadãos possam ser relativizados - sempre haverá canalhas, em qualquer tempo e lugar). Num país politicamente indigente como o Brasil livros assim deveriam ser lidos como exercício de educação, mas isso requer uma fé na capacidade de cognição dos brasileiros que eu jamais terei.
[início: 06/06/2014 - fim: 08/06/2014]
"História policial", Imre Kertész, tradução de Gabor Aranyi, São Paulo: Alaúde editorial (selo Tordesilhas / coleção prêmio Nobel), 1a. edição (2014), brochura 14x19 cm., 120 págs., ISBN: 978-85-64406-88-9 [edição original: A Nyomkereso (Detektívtörténet) / (Budapest: Szepirodalmi) 1977]

terça-feira, 3 de junho de 2014

dicionário amoroso de porto alegre

"Dicionário amoroso de Porto Alegre" é o primeiro volume de uma coleção dedicada a registrar em verbetes a paixão de um escritor pela cidade onde mora. Foi lançado no final de 2013, mas só resolvi conferir o que Altair Martins conta sobre Porto Alegre após ter conhecido semanas atrás o surpreendente "Dicionário amoroso de Curitiba" de Marcio Renato dos Santos. Acredito que Marcio Renato foi mais feliz que Altair em apresentar sua cidade. Seus registros são mais impessoais, menos autocentrados, menos burocráticos. O dele é um trabalho de jornalista que alcança o tom certo em suas reflexões e escolhas, deixando a cidade mais livre para apresentar-se ao leitor. A Porto Alegre de Altair parece filtrada demais por suas experiências, com se fosse uma cidade inventada, artificial (por mais que os nomes dos lugares e dos sujeitos que elencou nos verbetes sejam óbvios e talvez indiscutíveis para qualquer outro confrade porto-alegrense). No final a Porto Alegre que brota de seus verbetes parece mais provinciana que Curitiba (e talvez seja mesmo esse o caso, sabe-se lá). Talvez seja o caso de relevar tudo, ser um tanto condescendente e atribuir esse meu aborrecimento ao fato do livro de Altair ter sido o primeiro do projeto a ser editado. A meu juízo fez falta uma apresentação como a que Marcio Renato incluiu em seu livro, onde é descrita sua visão do projeto. Talvez os verbetes de Altair ganhassem força se fossem um tanto mais sintéticos. Paciência. O livro inclui doze ilustrações assinadas pelo bom artista gráfico Rodrigo Cambará. Os volumes dedicados a Salvador e a Recife já foram editados (e estão a caminho para se juntar a meus guardados). Logo veremos.
[início: 23/05/2014 - fim: 24/05/2014]
"Dicionário amoroso de Porto Alegre", Altair Martins, Anajé/Bahia: Editora Casarão do Verbo, 1a. edição (2013), brochura 15x23 cm., 250 págs., ISBN: 978-85-61878-31-3

domingo, 1 de junho de 2014

história concisa da alemanha

Ainda algo embriagado com as boas lembranças dos dias em Berlin resolvi ler esse livro sobre a História da Alemanha. A autora, Mary Fulbrook, é reconhecida especialista no assunto e professora da Universidade de Londres. Ela confessadamente não teve a pretensão de esgotar um assunto tão fascinante como a história rica e complexa da Alemanha em apenas trezentas páginas. Trata-se sim de um guia geral, de um ensaio que tenta auxiliar o leitor a esquematizar os principais padrões da história alemã. Encontramos várias ilustrações distribuídas pelo livro, que exemplificam e/ou esclarecem alguns dos pontos mais herméticos discutidos pela autora (principalmente aqueles relacionados a temas onde há controvérsia acadêmica ou distorções quase consagradas popularmente). Após uma curta introdução etnográfica (onde ela dá conta dos diversos povos e territórios que são usualmente associados a cultura alemã) seguem-se seis capítulos que têm aproximadamente a mesma extensão e que tratam (i) do período medieval e das primeiras divisões políticas políticas dos povos germânicos; (ii) dos tempos da reforma e contrarreforma religiosa (1500-1648); (iii) do período absolutista e de ascensão da Prússia (1648-1815); (iv) do período industrial pós unificação alemã até o início da primeira grande guerra mundial (1815-1914); (v) do período entre as duas grandes guerras mundiais (1914-1945) e (vi) o período de convivência das duas alemanhas (a ocidental e a oriental), entre 1945 e 1990. A primeira edição do livro foi produzida logo após a queda do muro de Berlim e da reunificação alemã, em 1990. Posteriormente, em 2004, Mary Fulbrook reescreveu parte das últimas seções do livro e incluiu uma análise mais detalhada sobre o impacto da reunificação. O livro inclui dezenas de sugestões de leitura complementar, desde textos ainda mais gerais que o seu até obras bastante especializadas. Essa generosa bibliografia está dividida em termos gerais de acordo com os principais períodos históricos trabalhados em seu livro. Um glossário e um extenso índice remissivo ajudam o leitor a localizar rapidamente algumas informações básicas. Aprende-se um bocado com ele, mas claro, o leitor sabe deste os primeiros parágrafos que uma miríade de informações sobre a Alemanha não estão ali, mas sim repousando em outros textos, em outros livros. Talvez, caso a vida fosse infinita, pudéssemos sempre aprender mais sobre qualquer assunto, mas somos apenas mortais, homens ocos, um nos outros amparados, crânios recheados de palha, ai de nós.
[início: 14/05/2014 - fim: 28/05/2014]
"História Concisa da Alemanha", Mary Fulbrook, tradução de Bárbara Duarte, São Paulo: Edipro (série história das nações), 1a. edição (2012), brochura 14x21 cm., 288 págs., ISBN: 978-85-7283-803-0 [edição original: A Concise History of Germany (London: Cambridge University Press) 2004 - second edition]