"Eragon", Christopher Paolini, tradução de Nelson Rodrigues Pereira Filho, editora Rocco, 1a. edição (2005) ISBN: 85-325-1848-6
domingo, 25 de fevereiro de 2007
mundos mágicos
Ainda nas praias vi ste livro nas mãos do filho de um amigo meu. Ele passou uns bons dois dias andando com ele pela praia e acabei perguntando a ele do que se tratava. “Uma história de dragões e cavaleiros” ele me disse. Perguntei se ele conhecia o “Senhor dos Anéis”, mas ele havia visto apenas o filme e que Eragon era muito melhor. De volta a Santa Maria fui a CESMA e descobri que é mesmo um bet-seller e que a legião de fãs sempre cresce. Eu já estava com três ou quatro livros começados: Justine está quase no final, mas é um livro denso, que merece muita concentração; o Resmungos é uma obra de arte e um livro grande demais para eu carregar por aí lendo e os outros eram quase projetos de leitura e não fatos. Resolvi experimentar Eragon e li nas horas mornas deste carnaval. O formato é aquele mesmo que eu imaginava: um tanto das disputas entre anões, elfos, humanos, feiticeiros e heróis que lembra um Senhor dos Anéis sem preocupações antropológicas; um tanto do ciclo do Rei Arthur, com cavaleiros e um passado glorioso a ser resgatado; o bom bem e o nefasto mal terçando espadas e caras mal encaradas pela enésima vez, mas temos um livro de ficção honesto nas mãos. É literatura infanto-juvenil, para um público um tanto mais velho que aqueles entusiastas de Harry Potter e menos perfeccionista que aqueles que entraram no mundo mágico de Tolkien. A trama é bem montada. Você antecipa muito do que vai acontecer. O moçinho que perde um amigo, um cara mal encarado que vai se revelar o mal caráter de plantão são passos óbivos nestas jornadas do herói, mas o livro não é nunca maçante ou pretencioso. Lê-se sem maiores compromissos, mas se renova um tanto aquela nossa veia otimista (ou seria escapista) tão obstruída destes tempos bicudos. Pode comprar e dar de presente para seu sobrinho pré-adolescente que ele não vai ficar brabo não.
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