Há uns seis anos li o divertido "A miscelânia original de Schott" e um pouco depois o curioso "A miscelânia da boa mesa de Schott". O que havia de interessante e realmente inspirador nestes dois livros não se encontra em nenhum momento em "A miscelânia de esportes, jogos e ócio de Schott", o terceiro dos volumes dos almanaques modernos inventados por Ben Schott. O formato, a concepção e o projeto gráfico são os mesmos, mas falta fôlego e unidade neste volume. Publicado originalmente em 2004 o livro não mereceu da editora brasileira uma atualização de dados, que seria necessária, por exemplo, nas tabelas de resultados de jogos olímpicos, estatísticas de futebol e de corridas (de carros, de cavalos). Utilizar um almanaque deste tipo é uma atividade totalmente lúdica, irrelevante, própria dos dias vagabundos que encontramos nas férias. Não consigo deixar de associar este livro às propostas de Gustave Flaubert nos seus "Dicionário de idéias feitas" e "Enciclopédia de lugares comuns" mas, claro, Flaubert sabe ser mais irônico e divertido que Schott. Leitura totalmente dispensável, confesso. [início 08/05/2011 - fim 03/07/2011]
"A miscelânia de esportes, jogos & ócio de Schott", Ben Schott, tradução de Alexandre Martins, Rio de Janeiro: editora Intrínsica, 1a. edição (2011), capa-dura 12x19,5 cm, 160 págs. ISBN 978-85-8057-003-8 [edição original: Schott's sporting, gaming & idling miscellany (New York: Bloomsbury) 2004]
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