Este delicado livro, muito bem editado, inclui dezenas de ilustrações e conta uma história do doce. Trata-se de uma festa para os sentidos. As imagens são do tipo que estimulam nossa memória, especialmente a memória afetiva e a memória gastronômica, aquelas de nossos primeiros contatos com os doces, com as guloseimas que consumíamos quando crianças - e continuamos a consumir, talvez com culpa desta vez. Lucrecia Zappi sabe não aborrecer seu leitor com detalhes, mas também não deixa de ser muito precisa, informativa, estimulante, indo do mel e do açucar (o sal indiano, vejam só que nome mais exótico) a suas variadas encarnações: na forma de doces, bolos, tortas, biscoitos, sorvetes (e o que mais um bom doceiro, um bom quituteiro, souber inventar). É um livro para se saborear em uma tarde vagabunda qualquer, enquanto nos decidimos se vamos experimentar um quindim, um doce de leite, uma bomba de chocolate ou outras delícias. Lendo este "mil-folhas" nos percebemos "drowning in honey, stingless", como se deve sempre ser. [início - fim 27/11/2010]
"Mil-folhas: história ilustrada do doce", Lucrecia Zappi, editora Cosac Naify, 1a. edição (2010), capa-dura 24x27 cm, 96 págs. ISBN: 978-85-7503-689-1
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