Este pequeno livro foi produzido em homenagem a Manuel Vazquez Montalbán. Este bom jornalista, político, gastrônomo e escritor catalão, nascido em um quatorze de julho (de 1939), morreu de repente, muito longe da sua Barcelona natal, em um dezoito de outubro (de 2003). Um funeral foi organizado na Universidade de Barcelona e muitos de seus amigos, por mais distantes que se encontravam, fizeram por bem atender esta primeira homenagem fúnebre. Um destes amigos é um jovem fotógrafo, Serafín Palazón, que sai as pressas de Madrid com seu material de trabalho e chega a tempo para registrar fotos da cerimônia fúnebre. Fixados nas imagens lá estão políticos, principalmente aqueles que participaram da redemocratização espanhola, escritores, poetas, amantes dos bons vinhos, da boa comida, do futebol, das artes, da liberdade, da igualdade, da fraternidade (como não, para um sujeito que nasceu em um 14 de julho). José Saramago (que estava lá) assina um curto prólogo às fotos e Eduardo Haro Tecglen faz uma curta mas tocante biografia pessoal, literária e política. As fotos são acompanhadas de curtos textos do poeta Juan Carlos de Sancho, que traduzem, ou tentam traduzir, os sentimentos captados pela câmara fotográfica. As quarenta e cinco fotos são de fato poucas para o tamanho do carinho e amizade com que Montalbán parece ter se cercado em vida. Aprendi a respeitar um tanto mais este sujeito (que me conquistou apenas com a força de seu texto e que comecei a ler sem sabê-lo já morto e incapaz de continuar a saga de seus cativantes personagens). [início 15/06/2009 - fim 15/06/2009]
"Manuel Vazquez Montalbán en Memória", Serafín Palazón e Juan Carlos de Sancho, editora El Rinoceronte de Durero (1a. edição) 2004, brochura 15x21, 115 págs., ISBN: 978-84-609-2450-5
Nenhum comentário:
Postar um comentário