Vi uma entrevista com Abraão Aspis e resolvi ler algo dele. Escolhi este "Nos tempos da pedra" por encomenda, mas só ao recebê-lo é que percebi que não é bem um livro, mas um conto curtíssimo, de 38 páginas. No meu manual de edição publicações com menos de 50 páginas não são propriamente livros, paciência. No texto encontramos uma versão para os dias do homem da pedra, como alguns se especializam em caçar e outros em inventar novas ferramentas, novos instrumentos. Trata-se obviamente de uma visão idealizada e romantizada de como deveriam ser aqueles tempos duros em que o homo sapiens sapiens aprendia a sobreviver em condições extremas. Alguns dos personagens de Aspis já usam algo do método científico, ou seja, da capacidade da observação organizada ajudar um sujeito a entender melhor o mundo que o cerca. Já outros seguem dominados pelo misticismo e o medo. Não é um livro excepecional, mas uma tentativa honesta de contar em linguagem simples o poder de transformação do homem. Todavia talvez isto não seja uma coisa sobre a qual os jovens de hoje precisem ser lembrados. [início 27/06/2009 - fim 27/06/2009]
"Nos tempos da pedra", Abrão Aspis, editora Academia Gravatalense de Letras (1a. edição) 2008, brochura 14x21, 38 pág., ISBN: 978-85-7727-137-5
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