quarta-feira, 8 de julho de 2009

santiago

Este é um livro minúsculo, menos de trinta páginas. Nele há uma apenas uma curta mas tocante balada do poeta espanhol Federico García Lorca. Ele chamou esta balada de "balada ingênua". Morto durante a guerra civil espanhola Gárcia Lorca sempre é associado a liberdade, ao lirismo, a luta pela verdade, a felicidade, ao auto-conhecimento. A balada "Santiago" foi publicada em um dos primeiros livros de poesias publicado por ele, em um remoto 1921. Ele canta a história (ou mais bem uma passagem da história) do apóstolo padroeiro da Espanha (sanTiago), que tantas peregrinações suscita. O apóstolo aparece para uma moça do campo e a menina é depois assolada por perguntas das vizinhas sobre o acontecido. Porque alguns recebem uma benção e outros não, parece dizer-nos Lorca. Como já disse algumas vezes aqui este é o tipo de livro que um sujeito pode dar de presente sem medo para os filhos, para os filhos dos amigos, para pré-adolescentes ou para adultos de coração jovem, que não têm medo de se sensibilizarem. O livro inclui belas ilustrações de Javier Zabala, um espanhol especializado em livros infanto-juvenis. Também inclui uma curta biografia de García Lorca. Muito bonito. [início 23/06/2009 - fim 23/06/2009]
"Santiago", Federico García Lorca, tradução de William Agel de Mello, editora Martins Fontes (1a. edição) 2009, brochura 19,5x28,5, 28 págs. ISBN: 978-85-7827-095-7

2 comentários:

Márcio Grings disse...

Valeu pelo comentário, amigo Agnaldo! Em uma cidade onde poucos se arriscar a escrever de verdade sobre os produtos artísticos locais, o senhor fez um belo texto sobre Descontentes. Melhor que o próprio livro. Da próxima vez te chamo pro prefácio, hehehehe! Isso é sério!! Abç.

Victor disse...

Mestre Guina,

Sempre o entrevejo no lugar-nenhum virtual, pois temos um amigo em comum (o prof. Ronai). E eventualmente, como um ignorante em literatura, vasculho seu blog ansioso por vê-lo versar sobre alguns poucos de meus autores preferidos. Um especialmente, do qual ainda não vi o senhor falar: um romancista tcheco, cidadão parisiense desde 1975, chamado Milan Kundera.

Posso esperar uma postagem referente à esse autor um dia, ou não está em seu cardápio de predileções? =)

Um abraço.
Victor.