Eu era ainda jovem quando vi "Os duelistas", filme de Ridley Scott lançado em 1977, mas lembrou-me bem do quanto impressionado fiquei. Os atores que conquistaram de cara. Da mesma forma que me impressionaram a iluminação, a trilha sonora, a cenografia, a história das guerras napoleônicas, a sutileza perene ao longo de todo o filme, no qual a princípio poderíamos acreditar que a violência seria sempre demasiada. Sabia que o filme havia sido baseado em um livro do Joseph Conrad, mas nunca o havia lido. Agora consegui encontrá-lo, em uma edição de bolso e barata da LP&M. Li com muito prazer. É um romance curto, uma novela, de pouco mais de 100 páginas. Dois sujeitos que fazem parte do corpo de hussardos do exército de Napoleão se desentendem por uma tonteria e passam a se enfrentar em combates singulares (duelos com espadas, sabres, pistolas, a pé e a cavalo, com padrinhos como testemunhas ou solitários) ao longo de quase duas décadas. Incrível como o livro é escrito em uma linguagem vívida, diria até cinematográfica mesmo, tão cheio de dinamismo e de imagens fortes. Ao mesmo tempo o Conrad descreve de forma muito rica precisa as nuances do caráter e do comportamento das pessoas, dos personagens, das gentes. Há escritores para os quais nenhum adjetivo laudatório é demasiado. Joseph Conrad merece mesmo toda a admiração e respeito que granjeou. [início: 07/07/2009 - fim: 12/07/2009]
"Os duelistas", Joseph Conrad, tradução de André de Godoy Vieira, editora LP&M pocket (1a. edição) 2008, brochura 11x18, 134 págs. ISBN: 978-85-254-1787-9
Nenhum comentário:
Postar um comentário