domingo, 6 de setembro de 2009

guia michelíndio

Comprei este livro mais pela piada da capa, onde se faz troça dos guias turísticos tradicionais, como o Michelin. Apesar da segunda metade do livro ser muito irregular, como se a autora não soubesse o que mais dizer sobre o assunto, dá para se aprender um tanto com ele. Ela usa a idéia de "programa de índio" para classificar viagens que não deveríamos fazer, comportamentos que deveríamos evitar, compras que deveríamos ser proibidos de fazer. O livro é bem humorado e ali não se preocupa com a informalidade do texto, como se estivesse mesmo em um boteco ensinando uma amiga algo que ela aprendeu em suas andanças. Daí que a abordagem é mais voltada para o público feminino, mas nada que torne o livro sexista demais, simplesmente ela tem mais experiências femininas para contar. O livro é dividido em três partes de tamanhos irregulares. A primeira parte é a mais essencial e boa de ser lida por qualquer aprendiz de turista ou sujeito que pretenda se aventurar em lugares que não conhece. A segunda parte é mais engraçadinha, onde ela lista "dicas de onde e quando não ir". Qualquer pessoa que já viajou um tanto sabe que há programas específicos para cada tribo: não adianta refazer uma viagem que você fez sozinho, jovem e de mochila nas costas, com sua mulher e sua sogra, seus filhos e seus cachorros, vai ser mesmo uma roubada. Ela lista uma dezena ou mais lugares que são mesmo só para aficcionados e nômades natos: ver a troca da guarda na Inglaterra, passear de barco no Mississipi, ver o museu do sexo de Amsterdan, ir ao Havaí para participar de um luau fake, etc e tal. Na duas últimas partes ela dá sugestões sobre alimentação, compras, presentinhos, sexo casual, fotografias e a inevitável volta ao trabalho. Divertido, para se ler em um dia de sol a beira da praia e planejar uma próxima viagem. [início 16/08/2009 - fim 22/08/2009]
"Guia Michelíndio", Helena Perim Costa, Matrix editora (1a. edição) 2008, brochura 14x21, 123 págs., ISBN: 978-85-7788-068-3

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