Ler os romances policiais de Georges Simenon proporciona entreterimento rápido e satisfatório. Conhecemos os personagens principais, os procedimentos, os bordões. O desfecho lógico e implacável do inspetor Maigret é algo seguro, o leitor nunca é surpreendido. Claro, um sujeito tem de controlar a dose, pois é fácil se cansar. Nestes dias vagabundos de férias de inverno (são apenas uns dez dias sem aulas, nada espetacular, que permita viagens e diversões genuínas) eis que resolvi ler alguns Simenon. Nesse "Maigret e o comerciante de vinhos" acompanhamos a investigação sobre a morte de um arrivista que ao longo de sua vida acumulou tanta fortuna quanto inimigos e detratores. Maigret está gripado e tem dificuldades para manter o ritmo e a atenção no processo complicado que tem em mãos. Simenon aproveita para refletir um tanto sobre as diferenças entre a moral burguesa e as regras de conduta dos trabalhadores mais simples de seu tempo (ok, isto é feito de forma muito superficial). Após algum esforço e diligências chega-se a confissão e ao culpado. Nada espetacular. Acho que não estou com o humor certo para essas leituras tão ligeiras. Vou experimentar só mais um e basta! [início - fim 02/08/2011]
"Maigret e o negociante de vinhos", Georges Simenon, tradução de Paulo Neves, editora L&PM Pocket (v. 800), 1a. edição (2009), brochura 10,5x18 cm, 169 págs. ISBN: 978-85-254-1919-4 [edição original: Maigret et le marchand de vin, Presses de la Cité (França), 1970]
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