Depois de uma temporada de férias, em que dediquei-me a ver maratonas de séries "étnicas" (vi umas quantas coreanas, algumas indianas e australianas, muitas escandinavas), recebi a indicação de um amigo para ler "Macbeth", do norueguês Jo Nesbo. Dias depois outro amigo, o Erwin, também citou o mesmo Nesbo, em outro contexto. Como estava fechando a compra de um pacote de livros espanhóis resolvi incluir o tal "Macbeth" nele. Quando o livro chegou (sempre eficientíssimos a Casa del Libro e a DHL) vi que se tratava de um tijolo impossível de ser carregado por aí. Para me adestrar no estilo do sujeito resolvi ler antes um outro livro dele, "O sol da meia-noite", editado aqui pela Record. A história é movimentada e prende o leitor, mas a bem da verdade o resultado não me agradou muito. Claro, o exotismo do cenário da narrativa, as latitudes extremas do círculo polar ártico, no nordeste norueguês, próximo a fronteira com a Rússia, garante alguma curiosidade, mas a trama é apenas um conto de fadas adaptado aos tempos modernos. Um pequeno traficante de Oslo, Jon, vê-se enredado nos negócios do grande mafioso do lugar, um sujeito conhecido como "Pescador". Para fugir dele, Jon foge até a Lapônia norueguesa, onde a maioria da população pratica uma espécie de luteranismo apostólico, conservador. Jon sabe que em algum momento assassinos de aluguel a serviço do "Pescador" o alcançarão, que não há lugar onde ele possa assentar-se a salvo. O leitor é apresentado a personagens arquétipos do lugar: o líder religioso, o louco da aldeia, a mulher sedutora, a jovem viúva com um filho pré-adolescente. O livro trata basicamente da redenção de um pecador; as associações bíblicas e religiosas são bastante óbvias, e dominam todo o livro. Enfim, legítimo best-seller descartável. Espero que "Macbeth" tenha mais estofo. Logo veremos. Vale!
Registro #1315 (romance policial #76) [início: 20/08/2018 - fim: 21/08/2018]
4 comentários:
Você é uma máquina de leitura, Aguinaldo, não consigo acompanhar o ritmo das suas postagens! Parabéns pela energia.
Oi Kelvin. A bem da verdade eu só leio uns 2 livros por semana. Acontece que fiquei de fevereiro a maio sem postar os registros de leitura, por conta de uns aborrecimentos pessoais. Em junho, ao retomar os registros, decidi mesclar as coisas que ficaram para trás com as leituras de agora. De setembro em diante o ritmo será o tradicional, uns 8 ou 9 livros por mês. Grande abraço. Em tempo: teu livro novo já está na minha pré compra, em breve colocarei ele ao lado da tua boa história Vila-mattiana. Inté
Desisti do Nesbo ainda com o Boneco de Neve! Não vi nada nos livros dele que mereça gastar pálpebras á toa. Prossigamos!
É bom saber Paulo. Grande abraço.
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