(Gervásio) Troche é um artista plástico uruguaio. Ele viveu em vários países, inclusive no Brasil, e publica em jornais e revistas mundo afora. Encontrei esse livro de ilustrações dele nas escadarias do viaduto Otávio Rocha, em Porto Alegre, em frente ao agitado Bar Justo, em uma feira gráfica de artista independentes. Os desenhos se defendem sozinhos. Não há palavras, e de fato elas não são necessárias, pois o resultado alcançado por Troche realmente é forte, convincente, que cobra reflexão do experimentador daquela linguagem. Ele descreve o cotidiano de uma cidade, olha frequentemente para o céu, para as estrelas, equilibra-se em um trapézio, empilha prédios, experimenta os elementos (a noite, a chuva, a luz e a sombra, os sons e a música, as folhas e as árvores). Os homo sapiens que ele desenha não são exatamente solitários, tristes, mas há uma solidão entranhada neles. Os desenhos parecem versões em preto e branco das pinturas mais icônicas de Edward Hopper. Um leitor curioso pode apreciar algo de sua produção plástica num blog (portroche blogspot) ou em sua página no instagran (portroche instagran). Vale a pena, mesmo. Vale!
Registro #1388 (hq´s cartuns e mangás #73)[início - fim: 21/02/2019]
"Desenhos invisíveis", Troche, São Paulo: editora Lote 42, 1a. edição (2014), brochura 17x22 cm., 160 págs., ISBN: 978-85-66740-07-3 [edição original: Dibujos (Buenos Aires: Editorial Sudamericana / Penguin Random House Mondadori) 2013]
Um comentário:
Adoro Troche! Não sabia que era uruguaio, estou muito feliz de conhecer tanto da nossa América do Sul cada vez mais ♥
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