A ambição deste pequeno livro é apresentar rapidamente a história do sistema de escrita que conhecemos ordinariamente como alfabeto, ou seja, aquele em que grafemas, signos e sinais gráficos são associados a vogais e consoantes (e que por sua vez representam as unidades básicas de som próprios de uma determinada língua: os fonemas que nós homo sapiens sapiens alcançamos produzir, articular). O autor é Luiz Carlos Cagliari, reconhecido linguista paulista, professor aposentado da Unicamp. O livro é fartamente ilustrado, o que facilita muito o entendimento da evolução dos vários sistemas de escrita. Claro que esse é um texto introdutório, que visa oferecer ao leitor antes um esquema abrangente de entendimento sobre um tema complexo que aferrar-se a minúcias e/ou controvérsias. Cagliari estende o tema até o limite do que o bom senso admite. Ele nos ensina que o alfabeto não é apenas um conjunto de 26 letras e que a escrita é um instrumento poderoso e definidor de nossa cultura (um entusiasta das imagens reservará um esgar sarcástico com essa preeminência - mas a ênfase é minha e não do Cagliari). É fato. De tempos em tempos devemos voltar aos fundamentos, aos livros paradidáticos bem escritos, como é o caso desse bom "A história do alfabeto". Em tempo: O glossário do livro é excelente e as notas bibliográficas fundamentais. Uma delas remete a uma boa página eletrônica sobre o tema, que deve proporcionar deleite ao leitor curioso, o Omniglot. Bom divertimento.
[início: 31.06.2014 - fim: 02.09.2014]
"A história do alfabeto", Luiz Carlos Cagliari, São Paulo: editora Paulistana, 1a. edição (2009), brochura 14x21 cm., 169 págs., ISBN: 978-85-99829-22-6
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