Resolvi comprar este livro pois desde que começei o Quarteto de Alexandria estas duas palavras têm se apresentado em outros livros. Quarteto é mais um de Manuel Vázquez Montalbán que leio, mas não é da série com as aventuras do detetive e gastrônomo "Pep Carval.lo". Esta é uma novela curta onde um pequeno grupo tem sua vida afetada por um assassinato que lembra o suicídio de Ofélia no Hamlet: "Ali onde achareis um salgueiro crescendo à beira deste arroio, repetindo nas ondas cristalinas a imagem de suas pálidas folhas...". A apresentação crime, os desdobramentos e o desfecho rápido se sucedem em curtos quatro capítulos. Saber quem é o assassino não é um problema. Logo após a apresentação dos personagens já temos nosso candidato natural e o livro não nos tira o prazer de acertarmos a adivinhação. Apesar de curta esta novela é rica em descrições de comportamentos e aspectos da vida cotidiana das pessoas. O inevitável humor negro que preenche o livro de capa a capa é uma maravilha de se ler. Sentimos falta de Charo, de Biscuter e suas receitas mirabolantes, de Fuster, de Bromuro, do próprio Pepe, mas neste livro não há tempo para tramas paralelas. Se eu me estender mais acabo tirando boa parte das surpresas do livro (sim claro, há surpresas mesmo em livrinhos curtos como este). Além disto eu já estou quase a terminar um outro livro e vou escrever aí em cima algo sobre ele. Finito: Quarteto é um belo livro para se iniciar no estilo vibrante, de primeiríssima linha, deste finado catalão.
"Quarteto", Manuel Vázquez Montalbán, tradução de Paulina Wacht e Ari Roitman, editora Objetiva, 1a. edição (2006) ISBN: 85-7302-701-0
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