Há doze anos li alguns livros de Luiz Alfredo Garcia-Roza (
O silêncio da chuva,
Espinosa sem saída e
Berenice procura), mas cansei, não conseguia entender o entusiasmo dedicado a seus romances policiais naquela época (ele chegou a ganhar um prêmio Jabuti). Recentemente topei com um livro dele em um aeroporto e resolvi experimentar. Li "
A última mulher" em menos de duas horas, pouco mais do tempo de voo. A trama começa na Cinelândia e Lapa, no centro da cidade do Rio de Janeiro, mas logo se desloca para os domínios do delegado Espinosa, em Copacabana, em seu reduto afetivo no bairro Peixoto. Ratto, um cafetão, e seu sócio alcoólatra, Jappa, são perseguidos por um policial corrupto, atraído pelo bom dinheiro que eles ganham com prostitutas. Habituado a situações deste tipo, Ratto desaparece por uns tempos e conhece Rita, uma jovem prostituta, com quem acaba se envolvendo. A caçada humana empreendida por Wallace, o policial corrupto, deixa vários assassinatos brutais pelo caminho. Espinosa, que conhece Ratto e o sabe inofensivo, acaba se envolvendo no caso. Dizer o quê? A narrativa é muito fraca, esquemática, frouxa demais. Antes parece um esboço, uma primeira versão de uma ideia, que um produto pronto. Acho que preciso ficar outros doze anos sem Garcia-Roza. Vamos em frente.
Vale!
Registro #1455 (romance policial #89)
[início - fim: 24/07/2019]
"A última mulher", Luiz Alfredo Garcia-Roza, São Paulo: editora Schwarcz (Companhia das Letras / Penguin Random House),
1a. edição (2019), brochura 14x21 cm., 117 págs., ISBN:
978-85-359-3237-9
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