Neste volume estão reunidas as três versões históricas de O Horlá, seminal conto fantástico, que tantas pessoas influenciou e inspirou, engendrado por um mestre do gênero, o francês Guy de Maupassant no final do século XIX. Lembro-me de ter lido ainda adolescente uma tradução deste conto, mas confesso que mal me lembrava dos sucessos da curta novela. A história é narrada na forma de um diário, que registra episodicamente um pouco mais de quatro meses da vida de um sujeito. Ele registra acontecimentos fantásticos que perturbam sua mente e o fazem progressivamente perder contato com a realidade. Ele reputa esses aborrecimentos a presença de um ser sobrenatural, o Horlá do título, que lentamente suga sua vida e sanidade. O livro inclui ainda sua versão primitiva, o conto "Carta de um louco", publicada em 1885, e também a versão publicada em 1886, substancialmente menor e algo menos aterradora. Esse
livro faz parte de uma coleção de histórias curtas (A arte da novela, da Grua Livros, originalmente produzidas pela Melville House Publishing, das quais já li: "Mathilda","Michael Kohlhass", "A ilha de Falesá", "O homem que queria ser rei", "O homem que corrompeu Hadleyburg", "O colóquio dos cachorros", "Stempenyu: O romance judaico", "A lição do mestre", "A pedra de toque", "A briga dos dois Ivans", "O véu erguido" e "Benito Cereno"). Sim, haverá mais boas novelas da Grua por aqui. Vale!
Registro #1379 (novela #74) [início: 06/02/2019 - fim: 08/02/2019]
"O Horlá", Guy de Maupassant, tradução de Sergio Flaksman, São Paulo: Grua livros (Coleção a Arte da Novela),
1a. edição (2017), brochura 13x18 cm., 88 págs., ISBN:
978-85-61578-61-9 [edição original: Le Horla, (Paris: Paul Ollendorff) 1887]
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